segunda-feira, 17 de junho de 2013

6º Dia: Muro das Lamentações

No início desse dia, fomos visitar um dos lugares mais conhecidos de todo o mundo: o Muro Ocidental, mais conhecido como Muro das Lamentações. É o lugar mais sagrado e venerado pelo povo judeu, já que é a única parte restante do último templo.

Ele protege o local onde foi construído o Templo Sagrado, pelo Rei Salomão, no Monte Moriá. Para os judeus, o Templo Sagrado era o centro do universo espiritual,  o condutor do fluxo de Divindade neste mundo, e um local onde se concentra a existência Divina na terra. Porém, foi destruído em 586 a.C. Foi construído, então, um Segundo Templo, por Zorobabel, sendo que o muro que o protegia foi construído no ano 20 a.C. por Herodes. No ano 70 d.C., Tito ordenou a destruição da cidade, mas deixou de pé essa parte da muralha, com seus enormes blocos de pedra, a fim de mostrar às gerações futuras a grandeza de Roma, que venceu a Judeia e que foi capaz de destruir o resto da edificação.

Durante o período romano, os judeus eram proibidos de entrar em Jerusalém. No período bizantino, era permitida a entrada uma vez por ano, no dia aniversário da destruição, quando lamentavam a dispersão de seu povo e choravam sobre as ruínas do Templo. Daí o nome: Muro das Lamentações. A partir da Guerra dos Seis Dias (1967), o Muro das Lamentações converteu-se em um lugar de júbilo nacional e de culto religioso.

De acordo com a tradição judaica, Deus garantiu sua percepção física nas sinagogas, nas crianças e no Muro Ocidental, sendo este também o local mais próximo de Deus, razão pela qual o povo judeu procura visitá-lo constantemente e ali fazem suas orações.

Bem próximo à entrada para o Muro, há o grande Parque Arqueológico de Jerusalém que, por meio da tecnologia, mostra o passado glorioso de Jerusalém, mas não entramos nele.



Parque Arqueológico de Jerusalém

Para o Muro das Lamentações, há entradas separadas para homens e mulheres. Os homens, para se aproximarem do muro, precisam cobrir a cabeça com um chapéu, boné, ou com o tradicional kipá. Os judeus usam o kipá como uma forma de reconhecer que Deus está acima dos homens, e também é uma forma de identificar e lembrar da aliança com Deus.






Muitos judeus balançam o corpo enquanto fazem suas orações. Eles o fazem apoiados nas Sagradas Escrituras que, nas traduções por eles utilizadas, dizem o seguinte: “Todos os meus ossos dirão: Ó Eterno, quem é como tu, que livras o fraco daquele que é mais forte do que ele”? “Sim, o pobre e o necessitado, daquele que o roubam.” Sl 35.10; “Mas eu, pela grandeza da tua benignidade, entrarei em tua casa; e em teu temor me inclinarei (balançando o corpo para frente e para trás), para o teu santo templo.” Sl 5.7



Os judeus têm a tradição de colocar papéis com pedidos nas rochas do muro.





No canto esquerdo, há uma parte que somente pode ser visitada pelos homens, mas que pode ser fotografada livremente.







Parte das mulheres.



Num muro próximo à entrada/saída, encontra-se os 613 mandamentos escritos em papel.


Muro com desenhos de motivos judaicos próximo ao Muro das Lamentações

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